quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Campanha contra o exterminio dos jovens

Reaja! A juventude está morrendo


As condições desumanas e a desigualdade social em que vivem a nossa sociedade resultam numa situação crítica de violência, para combatê-la é preciso cortar a sua raiz que está na injustiça social. A juventude é violentada de diversas maneiras: quando a sociedade não acredita no/a jovem, quando a mídia exibe apenas dois perfis juvenis (o sarado da Malhação e o malandro da favela), quando as jovens mulheres são abusadas e desvalorizadas, quando a juventude negra é humilhada, quando os apelos da propaganda fogem completamente das condições permitidas, mas a forma de violência mais cruel hoje em dia é o extermínio da juventude. A cada dia mais um corpo, mais um sonho, mais uma possibilidade de mudança aparece morto no chão das periferias do país, os jovens que morrem, têm sexo, endereço e raça.

O Estado que não garante a juventude oportunidades de educação digna, emprego, lazer e saúde, é o mesmo Estado que, na maioria das vezes, tem colocado na prática a pena de morte. Alguém poderia me responder por que matar é mais fácil do que educar? Do que amar? Do que oferecer ao jovem a oportunidade de sonhar? Chega dessa matança, a juventude quer viver, a juventude quer encontrar o lugar onde mora a felicidade. Precisamos agir, não fiquemos apenas rezando pela paz, vamos lutar, vamos buscar parcerias para oferecer a juventude oportunidades para viver dignamente.

Devemos combater o narcotráfico, que se alimenta da miséria do nosso povo. É na camada mais pobre e excluída que ele vai buscar sua mão-de-obra. E para muitos jovens negros e pobres que não são amparados pela sociedade, o narcotráfico representa uma forma de sobrevivência e de valorização pessoal. O vigor, a criatividade, a força e o poder de inovação que são próprios da juventude devem ser canalizados para a arte, a cultura, o esporte, a educação, a tecnologia, a preservação do meio ambiente e não para a violência.

Queremos uma sociedade justa, mais igual, onde ninguém seja discriminado, prejudicado ou privilegiado em razão de nascimento, idade, etnia, raça, cor, sexo, estado civil, orientação sexual, atividade profissional, religião, convicção política, filosófica, deficiência física, mental, sensorial, aparência pessoal, ou qualquer singularidade ou condição social, ou ainda por ter cumprido pena.
Não podemos nos calar diante de uma situação de violência tão alarmante. É assustador saber que a cada dia mais de cem pessoas morre no Brasil vítimas da violência, totalizando 50 mil mortes por ano. A ONU considera que um país está em guerra civil quando o número de mortos por violência atinge a cifra anual de 15 mil.

Chega! Basta! Se não reagirmos agora, mais jovens morrerão e mais longe estará a possibilidade de revolucionarmos o mundo, porque essa é uma tarefa, indiscutivelmente, da JUVENTUDE.

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