terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Espirito Santo

O Espirito Santo que pedimos inistentemente, é, ao mesmo tempo o inquietante estorvo de toda segurança pessoal e eclesial. Ele é a entrada, a intervenção de Deus sobre nossa inanição e auto-suficiência.
Ele não respeita a segurança de qualquer ordem externa quando esta se tornou uma realidade fechada em si mesma.
Quem crê no Espirito Santo como atividade criadora de Deus e nesta fé pede pela vinda do mesmo Espirito, deve saber que, com isso, chama sobre si o divino incômodo e se abre para ser estorvado e desconstruido em suas ideias fixistas. Ele o estorvará em suas seguranças, em suas tradições, costumes, seu modo de viver quando estes não mais servem para ser um vaso receptivo da santa inquietude e da verdade que desafia e desinstala.
Portanto, quem suplica "vem Espirito Santo" deve também estar preparado e disposto para pedir: "vem e me incomoda onde devo ser incomodado; vem e me desinstala onde devo ser desinstalado; vem e me desestrutura onde devo ser desestruturado; vem e me desconstrói onde devo ser desconstruído".
Podemos abrir-nos e expor com toda confiança o nosso ser a este processo do Espirito, porque nos apoiamos na promessa de Jesus: "Eis que estou convosco até o fim".

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